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Significância de dois seres

  • Foto do escritor: Rennan Leta
    Rennan Leta
  • 24 de abr. de 2019
  • 1 min de leitura


Pelo céu da cidade eles vão. Voando com as asas que lhe foram dadas por natureza ou, então, com as de um jato que o dinheiro lhe dá poder para comprar. De um lado para o outro esperando a hora certa de dar uma cagada e acabar com o dia de mais um cidadão de bem. O alimento deles? O que é do povo. Para um, migalhas de pão; o outro fica com tudo e dá as migalhas para a população. Ambos não alimentam ninguém.

Há quem jure que eles são necessários para o equilíbrio da sociedade, mesmo que eles causem doenças - biológicas ou sociais - em qualquer um que tenha contato direto. Ninguém nunca os viu pequenos, ninguém sabe como surgem. Sabemos que, quando estão em bando, o incômodo e estrago causado é maior. Há quem vire a cara para tamanha sujeira feita, mas ainda há quem discuta para que, de fato, servem. Um podemos ver todos os dias em todo canto da cidade; o outro só vemos de quatro em quatro anos.


Ambos são ratos: um de asas, o outro de terno. Podemos confundir um político com um pombo, sim. Mas, por incrível que pareça, um ainda pode ser usado como símbolo da paz enquanto o outro devasta como guerra por onde passa.


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Sobre o escritor

Nascido em 10 de junho de 1995 no Rio de Janeiro.

Poeta, escritor, slammer e estudante de jornalismo. Autor do livro Palavras do Mundo (2017), organizador do Sarau do Topo e criador do projeto social Favela em Desenvolvimento - ambos na comunidade Mata Machado, onde mora.

Colunista no Voz das Comunidades desde dezembro de 2017, passagem pelo Jornal da Barra e Boletim Comunitário (UCAM).

Bicampeão do Slam Favela, campeão do Slam Trindade, do Slam Vila Isabel e do Haicai Combat.

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