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Suba

  • Foto do escritor: Rennan Leta
    Rennan Leta
  • 20 de mar. de 2019
  • 2 min de leitura

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É complicado. A vida é complicada. Pense em quantas vezes você já achou que estava tudo certo, tudo indo completamente bem e, de repente, tudo muda. Tudo começa a dar errado. Você começa a perder suas forças, capacidade de reação. Quando você cai uma vez, você levanta e anda de novo. Mas pense comigo: você cai uma vez de bicicleta e não se machuca, leva só aquele "susto". Ok. Pega a bicicleta e vai de novo. Mas aí você cai de novo e se machuca um pouco, ganha alguns ralados. Ok. Pega a bicicleta e vai de novo, mas agora com medo de se machucar novamente porque viu como dói. Na terceira queda, você se machuca inteiro, machucados dolorosos e que demoram a cicatrizar. Então, você passa a hesitar, perde a confiança e não deseja mais pegar a bicicleta. E assim é a vida. Conforme vêm as desilusões(seja profissional, amorosa, um sonho não realizado), você vai perdendo a confiança em si, vai vendo como dói e como é difícil se recompor. Até que chega um momento em que não consegue mais. Então apenas sobrevive. Você para de viver, para de almejar coisas, para de ter grandes planos, você é pura desconfiança. Todos nós somos cicatrizes. O que restou das quedas, a matéria que conseguiu se regenerar. Mas o quanto conseguiu? Será que ninguém pode ajudar nesse processo? É algo pessoal, tá no interior e é inacessível? Ou será que está apenas precisando de um resgate? Ninguém sai do fundo do poço sozinho. Ainda mais quando se está completamente machucado. Então não tenha medo de pedir socorro, pedir ajuda. Machucados doem. Na alma, mais ainda. Se está sem a força pra tentar subir o poço sozinho, peça ajuda. Tenho certeza que ao menos uma corda irão jogar. E então, suba. Nunca é tarde para subir e ver que além do poço existe um mundo lindo esperando pra você recomeçar, esperando pra você voltar a sonhar, ir além, realizar esses sonhos. E você pode realizá-los.


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Sobre o escritor

Nascido em 10 de junho de 1995 no Rio de Janeiro.

Poeta, escritor, slammer e estudante de jornalismo. Autor do livro Palavras do Mundo (2017), organizador do Sarau do Topo e criador do projeto social Favela em Desenvolvimento - ambos na comunidade Mata Machado, onde mora.

Colunista no Voz das Comunidades desde dezembro de 2017, passagem pelo Jornal da Barra e Boletim Comunitário (UCAM).

Bicampeão do Slam Favela, campeão do Slam Trindade, do Slam Vila Isabel e do Haicai Combat.

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