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Ouro raro

  • Foto do escritor: Rennan Leta
    Rennan Leta
  • 8 de dez. de 2017
  • 1 min de leitura

Atualizado: 12 de mar. de 2019



Eu vi Mamãe Oxum da Cachoeira Sim, eu vi Seus lindos cabelos Jamais esqueci Sua pele preta Brilhava como ouro Meu coração? Batia tão forte quanto o Ogã no couro Ela estava lá Sentada colhendo lírios, como já foi cantado Eu me pus a chorar Ela veio me abraçar Como filho, fui cuidado Ela me falou que eu não estava só Me abraçou e mudou minha sorte Disse pra eu não me preocupar com quem queria o meu pior Pois a água do rio quando cai, vira cachoeira e fica mais forte O abraço limpava Tudo aquilo que me machucou Sua voz ecoava Choro de novo, pois seu filho eu sou E não restou Nada de rancor Ela me fez entender o que realmente era o amor Foi na beira do rio Quando eu pensei já estar morto Foi na beira do rio Que ela me trouxe o conforto Foi na beira do rio Onde eu fiz o meu porto Entreguei minha vida Me banhei por inteiro Doce Iabá, flor de maio Que me protege de janeiro a janeiro Ora yê yê Meu coração é daquela Ora yê yê Me abençoe por cada viela Ora yê yê Minha rainha bela Que suas águas reguem e façam florescer Em minha vida a linda flor amarela.

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Sobre o escritor

Nascido em 10 de junho de 1995 no Rio de Janeiro.

Poeta, escritor, slammer e estudante de jornalismo. Autor do livro Palavras do Mundo (2017), organizador do Sarau do Topo e criador do projeto social Favela em Desenvolvimento - ambos na comunidade Mata Machado, onde mora.

Colunista no Voz das Comunidades desde dezembro de 2017, passagem pelo Jornal da Barra e Boletim Comunitário (UCAM).

Bicampeão do Slam Favela, campeão do Slam Trindade, do Slam Vila Isabel e do Haicai Combat.

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